Esse texto e o vídeo abaixo são somente para provocar um pouco.
Basear as decisões políticas em um fundamento sobrenatural, místico ou religioso é o primeiro passo para a instalação de regimes autoritários.
Cobrir com o manto do sagrado as próprias posições políticas ou afrontar as escolhas alheias com a pecha do sacrílego, do herético e do ímpio, sem que o livre convencimento racional seja o fundamento de qualquer discussão que transborde a esfera íntima da fé, é um forte indício de que se está disposto a qualquer atitude, por mais ilegal ou antiética (e nesse caso uma posição antidemocrática pode se configurar como antiética, na medida em que desconsidera o interesse coletivo) que possa parecer.
A decisão sobre quem devem ser os representantes populares no Poder Legislativo ou no Poder Executivo, dessa forma, não deve se fundamentar na mera circunstância de ser o escolhido pelo eleitor pastor, bispo, padre, rabino, sacerdote ou "irmão" de qualquer religião.
A Razão deve ser o juiz natural das condutas, não deus, que deve ser guardado para a intimidade dos corações e o conforto privado das almas.
Devemos todos nós que acreditamos na capacidade do homem de pensar, na sua razão, levantar a bandeira contra o voto da fé cega, apenas e tão somente porque o candidato faz parte de uma determinada religião.
A respeito do secularismo e religião na política, assista abaixo excelente discurso (legendado) do então Senador Barack Obama (hoje presidente dos Estados Unidos).
Muito interessante e curioso.
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