Aacbo de ler no jornal A Tarde que "populares" mataram um assaltante logo após um roubo, tendo disparado dez tiros contra um ser humano após uma perseguição. O fato ocorreu no campus da Universidade Federal da Bahia, em São Lázaro, Salvador. Curiosas são as postagens de alguns leitores logo abaixo da manchete, que reproduzo aqui pelo inusitado da coisa:
"É isso aí !!! A 'população' ou quem de direito, está fazendo o papel que o inoperante organismo policial nunca fez, que são tirar esse meliantes de circulação. Enquanto nossos legisladores não se preocupam em reformar nosso ultrapassadíssimo Código Penal que é da década de 40, o povo tem que interagir para coibir a procriação dessa escória que são os marginais. Eu como Operdador do Direito não posso nem vou fazer apologia à vingança com as próprias mãos. Mas acho correta atitudes como esta".
Chamar os assassinos de "quem de direito" e dizer que isso é realizar o "papel" do "organismo policial" acaba tornando a todos cúmplices. Um ser humano foi julgado e condenado à morte sem direito à defesa. Alguns apressam-se em perguntar: e as vítimas do assaltante, tiveram direito à defesa? Respondo: claro que não, pois isso é o que torna alguém assaltante. Assim como matar outro sem direito à defesa torna alguém assassino.
A barbárie está de volta. Cuidado para não serem confundidos com assaltantes!!
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